SOBRE



O que foi a Casa da Árvore?

Depois de seis anos de muita aprendizagem livre, convivência com pessoas de diferentes idades e histórias de vida, de democracia na prática, de amizades e desafios, a Casa da Árvore encerra suas atividades. Somos gratos a todas as pessoas que fizeram parte dessa trajetória. Todo mundo que passou por aqui teve sua vida transformada e enriquecida para além do que podemos expressar em palavras. É o fim de um ciclo. Outras aventuras nos aguardam! De 2014 a 2020, a equipe de adultos e um grupo de crianças e adolescentes de 4 a 18 anos se encontraram, de segunda a sexta, das 13h30 às 17h30, para construir coletivamente um espaço seguro para a livre realização das potencialidades de cada um.

 

Como a Casa funcionava?

A gestão do espaço era democrática e eram realizadas assembleias semanalmente para deliberar sobre temas do interesse da comunidade. As regras de comportamento, por exemplo, eram elaboradas nesses momentos. Aos adultos cabia zelar pela segurança dos aprendizes, apoiar sua busca por conhecimento e as atividades que desejavam realizar e manter o local funcionando. Os aprendizes decidiam o que queriam fazer ao longo da tarde e eram livres para utilizar os recursos disponíveis na sede da comunidade (livros, jogos, quintal, brinquedos, revistas, vídeos, computador, equipe etc.) e para solicitar novos recursos.

 

Quais eram os princípios norteadores dessa proposta?

Inspirados pelo Modelo Sudbury, acreditamos que o aprendiz é responsável por sua própria educação e que, por meio de sua curiosidade pessoal, é capaz de desenvolver todas as habilidades e conhecimentos necessários para a vida coletiva, desde que esteja inserido num ambiente propício e receba o apoio necessário dos membros da comunidade de aprendizagem. Acreditamos que a convivência entre pessoas de idades diferentes gera benefícios incalculáveis para todos: empatia, zelo, cuidado, modelagem de comportamento, respeito às diferenças, riqueza de relacionamentos, aprendizagens e trocas diversas. O cultivo da autoconsciência, da autoestima e da curiosidade, num ambiente em que cada voz conta, propicia a descoberta das habilidades e aspirações pessoais, ao mesmo tempo em que se reforça o respeito pelo outro.

 

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